domingo, 29 de agosto de 2010

Inclusão Digital e Alfabetização - Abrigo João Paulo II
NTE Belém Profº Mário Thomaz e Programa Prosseguir

Teve início no dia 12/08/2010 e prossegui até o dia 22/09/2010 o curso de Inclusão Digital para os alunos da escolinha de Jesus do Abrigo João Paulo II, que faz parte do Programa Prosseguir. O curso está sendo ministrado pela professora Micheline Banhos (NTE Belém Profº Mário Thomaz) com a colaboração das professoras Ana Rita Fontes, Márcia Quaresma e Alexandra Duarte (Programa Prosseguir) e consiste em conteúdos de informática básica associados aos conteúdos de Alfabetização, Artes e Educação Física, ou seja, ao mesmo tempo em que os alunos estão aprendendo informática estão desenvolvendo, também, atividades das disciplinas regulares, principalmente se alfabetizando através do computador. São utilizados entre os recursos o editor de texto no qual os alunos podem teclar e conhecer as letras, dando ênfase à leitura de pequenos textos produzidos por eles.
Em relação à disciplina Artes eles irão aprender a acessar a internet e buscar o conhecimento sobre pintura, imagens, formas, cores e até mesmo visualizar obras de autores famosos do Brasil e outros países . Em Educação Física irão aprender sobre o corpo, através de pesquisas buscando melhorar seus hábitos para adquirir qualidade de vida.
Este é um projeto idealizado pelo NTE Belém profº Mário Thomaz em parceria com o Programa Prosseguir, visando a utilização das tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino para alunos hansenianos com dificuldades motoras, cognitivas e psicológicas em virtude das sequelas deixadas pela doença, mas que muito têm demostrado interesse em aprender e fazer parte desse mundo digital, mostrando que nada é impossível apesar das dificuldades.

Imagens:




quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Projeto : Alfabetizando no computador
Este presente projeto está sendo colocado em prática no Abrigo João Paulo II, onde moram pessoas que enfrentam as sequelas de Hanseníase, mas que estão dando um exemplo de vida em ter vontade de aprender informática e fazer parte desse mundo digital em que eles estão inseridos.
Segue abaixo o projeto:

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE, INCLUSÃO E CIDADANIA

COORDENAÇÃO DE TECNOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO

NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL PROFº MÁRIO THOMAZ


CURSO DE INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA PARA ALUNOS PACIENTES DO ABRIGO JOÃO PAULO II-PROGRAMA PROSSEGUIR

MINISTRANTE DO CURSO:

PROFESSORA MICHELINE BANHOS-NTE BELÉM PROFº MÁRIO THOMAZ

PROFESSORAS COLABORADORAS: ANA RITA FONTES DA SILVA, ALEXANDRA MOURA DUARTE E MÁRCIA QUARESMA RIBEIRO-PROGRAMA PROSSEGUIR-SEDUC

LOCAL: ABRIGO JOÃO PAULO II

1-APRESENTAÇÃO:

O Abrigo João Paulo II atende aproximadamente 140 idosos portadores de deficiências físicas em decorrência da hanseníase, são ex-internos da Colônia de Marituba. Eles recebem auxílio ambulatorial, além de serem atendidos por uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, professores, entre outros.

O Programa Prosseguir atende atualmente, 18 pacientes residentes que vivem no Abrigo, eles recebem através do programa aulas de alfabetização.

O Programa Prosseguir recebeu da Secretaria de Educação do Estado do Pará 9 netbooks que estão sendo utilizados durante as aulas como ferramentas pedagógicas, permitindo que esses pacientes tenham contado com o mundo digital, a maioria deles estão tendo a proximidade, pela primeira vez, com essa forma de tecnologia.

O Núcleo de Tecnologia Educacional Professor Mário Thomaz atua junto aos professores do Programa Prosseguir promovendo cursos de formação continuada e assessoramento quanto à utilização das tecnologias como ferramentas pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem.

2-PÚBLICO ALVO:

18 alunos residentes atendidos pelo Programa Prosseguir no Abrigo João Paulo II

3-OBJETIVO:

Promover a inclusão digital 18 alunos residentes do Abrigo João Paulo II, atendidos pelo Programa Prosseguir

4-JUSTIFICATIVA:

O Abrigo João Paulo II recebeu como doação da Secretaria de Educação do Estado do Pará 9 netbooks que estão sendo utilizados nas aulas do Programa Prosseguir, porém os pacientes do abrigo estão tendo neste momento os primeiros contatos com essa tecnologia. Em virtude disso, surgiu a necessidade de um curso de introdução à informática para que seja viabilizada a inclusão digital desses pacientes.

A chegada das máquinas no Abrigo representa a descoberta de um mundo totalmente novo para os alunos residentes, pois até então eles não tinham tido oportunidade de acesso à essa tecnologia, devido o fato de serem na maioria remanescentes das famílias carentes que vivem nas proximidades do Abrigo ou são pessoas que viveram ali na época da existência da Colônia de Marituba, espaço este que abrigava as pessoas portadoras de hanseníase na década de 80.

A idade desses alunos residentes varia entre 40 a 80 anos, mas a vontade de aprender é constante, eles ficam maravilhados quando conseguem utilizar algum aplicativo do sistema, como o editor de texto, que está sendo usado para alfabetizá-los. Mas, o fato de que eles não sabem manusear a máquina tem dificultado o desenvolvimento das atividades pela professora da escola.

A necessidade de uma formação introdutória de informática agilizará esse processo de ensino e aprendizagem tendo em vista que a inclusão digital permitirá que eles possam estar desenvolvendo outras atividades nas máquinas o que estará ajudando nas etapas de desenvolvimento do cognitivo desses alunos.

Apesar de alguns deles serem excluídos durante muito tempo do convívio da sociedade e alguns renegados pela família em virtude da doença, os alunos residentes do Programa Prosseguir têm muita vontade de aprender e fazer parte desse mundo digital, o que será possibilitado através do curso de Introdução à informática, que será ministrado pela multiplicadora Micheline Banhos do Núcleo de Tecnologia Educacional Professor Mário Thomaz, com a colaboração das professoras Ana Rita Fontes da Silva, Alexandra Moura Duarte e Márcia Quaresma Ribeiro do Programa Prosseguir.

5-CRONOGRAMA:

INÍCIO:

Agosto

TÉRMINO:

1º Quinzena de Setembro

6-ESTRUTURA DO CURSO:

O curso ocorrerá em dois dias da semana (quintas e sextas-feiras) no horário de 9h às10h durante os mês de agosto e 1ª quinzena de setembro. Será dividido em três módulos, totalizando uma carga horária de 16 horas.

O conteúdo a ser ministrado acompanhará as aulas de alfabetização, sendo utilizados os aplicativos necessários para o desenvolvimento especificamente que irá auxiliar nas atividades desenvolvidas pelas professoras do Programa.

Para a realização do curso serão utilizados os netbooks que foram doados ao Abrigo pela Secretaria de Educação do Estado do Pará.


7-CONTEÚDO DO CURSO

1º MÓDULO:

-INTRODUÇÃO:

Texto sobre a importância das tecnologias no mundo atual

1-CONHECENDO O COMPUTADOR

1.2-Periféricos de entrada e saída

1.3-Funções dos periféricos

2-SISTEMA OPERACIONAL

2.1-Conceito

3-UTILIZANDO OS PERIFÉRICOS

3.1-COMO UTILIZAR O TECLADO

3.2-VAMOS USAR O MOUSE

2º MÓDULO:

1-CONHECENDO A ÁREA DE TRABALHO

1.1- ÍCONES E ATALHOS

2-EDITOR DE TEXTO

2.1- BARRAS DE FERRAMENTAS

2.2- VAMOS DIGITAR

2.3-FORMATAR E SALVAR O DOCUMENTO

3º MÓDULO:

1-PESQUISANDO NA INTERNET

1.1-ABRINDO PÁGINAS NA INTERNET

1.2-SELECIONANDO CONTEÚDO COM SEGURANÇA NA WEB

Além de conteúdos de Português, Matemática, Arte e Ed. Física


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O computador como ferramenta no processo de alfabetização: O caso dos hansenianos do Abrigo João Paulo II



1. Definição e caracterização do problema (teórico e/ou prático)

De que forma a utilização de recursos como o editor de texto, busca de imagem na internet e a sonoridade das sílabas podem ajudar no processo de alfabetização de pacientes portadores de hanseníase?

Como o interesse em utilizar o computador pode despertar a vontade de estudar nos portadores de hanseníase?

Como trabalhar um conteúdo curricular das séries iniciais utilizando uma aula de introdução à informática?

2. Objetivo principal

- Identificar de que forma a inclusão digital pode ajudar no processo de aprendizagem de ler, escrever e contar de portadores de hanseníase.

3. Objetivos específicos

- Identificar como o editor de texto, a busca de imagem do cotidiano na internet e a sonoridade das sílabas pode contribuir para que portadores de hanseníase possam conhecer e identificar as letras do alfabeto e os números;

- Analisar como o contato com o computador pode influenciar no interesse dos alunos pelas aulas de alfabetização;

- Verificar como a inclusão digital pode contribuir para a qualidade de vida desses alunos portadores de hanseníase.

4. Conteúdos curriculares e disciplinas envolvidas

Os conteúdos curriculares serão o de informática básica em consonância com o conteúdo de alfabetização e Matemática das séries iniciais.

As disciplinas envolvidas são Informática, Língua Portuguesa e Matemática.

Conteúdos Curriculares:

- Conhecendo o computador

- Utilizando o teclado: identificando as letras e os números no teclado

- Praticando a digitação: digitando sílabas, formando palavras e fazendo cálculos básicos de Matemática.

- Pesquisando na Internet: busca de imagens que representem o cotidiano dos alunos pacientes portadores de hanseníase. Relacionar a palavra com a imagem do objeto pesquisado na internet.

- Pesquisar na Internet o som das letras e dos números: músicas, pessoas falando os numerais ou as sílabas de palavras simples.


Por Micheline Banhos

sábado, 14 de agosto de 2010

Uma conversa sobre acessibilidade...

Segundo dados do IBGE (2000) no Brasil existem aproximadamente 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência e durante muito tempo essas pessoas eram consideradas incapazes de exercer qualquer tipo de atividade, principalmente as que exigiam locomoção. Com o passar dos anos as discussões começaram a surgir sobre o assunto e com o advento das tecnologias houve uma evolução, mesmo que tardia, sobre o entendimento de que essas pessoas podem e devem exercer atividades normais no seu dia-dia, desde que sejam criadas condições físicas para isso.
O primeiro entendimento começou a surgir a partir da década de 60 e atualmente houve um avanço muito grande nesse sentido, garantindo direitos básicos de locomoção a essas pessoas, com base no direito de ir e vir de todo cidadão, pois o passo inicial para as mudanças de ações sobre o tema da deficiência foi a conscientização da sociedade de que os portadores de deficiência física ou mental são cidadãos e têm os mesmos direitos de inclusão como qualquer outra pessoa considerada normal.
Com a criação de termos como acessibilidade, ajuda técnica e desenho universal criou-se várias possibilidades de fazer com que os espaços essenciais à qualidade de vida dos portadores de deficiência como a escola, o local de trabalho, a casa onde moram, as ruas, pudessem dispor de condições de deslocamento, garantindo que esses espaços se tornassem inclusivos, eliminando todo e qualquer tipo de barreiras para a acessibilidade.
A partir das discussões e do entendimento sobre as deficiências foi possível identificá-las através do Decreto 5296, da seguinte forma: deficiência física, mental, auditiva, visual e múltiplas. Fato esse que possibilitou as Tecnologias Assistivas identificar quais as técnicas e equipamentos que podem ser aplicados para cada situação a que se expõe um portador, facilitando seu desempenho.
Devemos ter evidentemente, consciência que as tecnologias assistivas somente poderão permitir a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência se aplicadas corretamente, trazendo ao portador uma sensação de tranquilidade e conforto para que possa desenvolver com segurança e determinação atividades físicas e intelectuais propostas a ele. Para tanto não é suficiente apenas equipar e estruturar o espaço físico, é preciso juntamente trabalhar a conscientização das pessoas para que os portadores de deficiência possam se sentir bem acolhidos e não rejeitados ou incapazes. O diálogo e as discussões nesse sentido são fundamentais para que a inclusão ocorra plenamente.

“ Inclusão é uma consciência de comunidade, uma aceitação das diferenças e uma co-responsabilização para atender às necessidades de outros.”
Stainback e Stainback, 1990

Inclusão Digital e Alfabetização - Abrigo João Paulo II

NTE Belém Profº Mário Thomaz e Programa Prosseguir

Teve início no dia 12/08/2010 o curso de Inclusão Digital para os alunos da escolinha de Jesus do Abrigo João Paulo II, que faz parte do Programa Prosseguir. O curso está sendo ministrado pela professora Micheline Banhos (NTE Belém Profº Mário Thomaz) com a colaboração das professoras Ana Rita Fontes, Márcia Quaresma e Alexandra Duarte (Programa Prosseguir) e consiste em conteúdos de informática básica associados aos conteúdos de Alfabetização, Artes e Educação Física, ou seja, ao mesmo tempo em que os alunos estão aprendendo informática estão desenvolvendo, também, atividades das disciplinas regulares, principalmente se alfabetizando através do computador. São utilizados entre os recursos o editor de texto no qual os alunos podem teclar e conhecer as letras, dando enfase à leitura de pequenos textos produzidos por eles.

Em relação à disciplina Artes eles irão aprender a acessar a internet e buscar o conhecimento sobre pintura, imagens, formas, cores e até mesmo visualizar obras de autores famosos do Brasil e outros países . Em Educação Física irão aprender sobre o corpo, através de pesquisas buscando melhorar seus hábitos para adquerir qualidade de vida.

Este é um projeto idealizado pelo NTE Belém profº Mário Thomaz em parceria com o Programa Prosseguir, visando a utilização das tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino para alunos hansenianos com dificuldades motoras, cognitivas e psicológicas em virtude das sequelas deixadas pela doença, mas que muito têm demostrado interesse em aprender e fazer parte desse mundo digital, mostrando que nada é impossível apesar das dificuldades.

Texto Micheline Banhos

Para refletir...

A aprendizagem através do computador tem sido uma questão muito debatida na sociedade atual, metodologias tradicionais relutam em admitir que o processo de aprender a ler, escrever e contar não pode ser realizado no computador, pois para tanto seria necessário primeiramente um conhecimento de informática e como isso seria possível se o aluno ainda não sabe ler. Acredito que o computador possui ferramentas que favoreçam essa realidade. Atualmente o computador tem proporcionado ao professor um campo de atividades que podem auxiliar no desenvolvimento e na prática de métodos avançados de ensinar, não somente a escrita para quem não sabe ler, mas também para fazer com que os alunos deixem de ser analfabetos digitais, aprendendo também a interpretar e resolver questões de matemática, física, inglês e porque não geografia, história e outras mais. Pois, nossos alunos mesmo sabendo ler e escrever, ainda são analfabetos nas demais disciplinas porque não sabem pesquisar, selecionar conteúdos importantes e outros processos mais que fazem parte de um aprendizado.
Por esse motivo devemos incentivar que nossas escolas utilizem cada vez mais o computador no processo de ensino e aprendizagem para que nossos alunos deixem ser analfabetos e possam interpretar sua própria realidade.

Por Micheline Banhos