terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A mídia Rádio como experiência pedagógica

O espaço da sociedade atual é a materialização de uma série de descobertas e transformações que proporcionaram novas tendências comportamentais e intelectuais. O homem ao mesmo tempo que torna-se descobridor de novas fontes de tecnologia e altera sua relação com o meio em que vive, torna-se um produto desse processo.

A escola nesse âmbito é o palco da produção e reprodução dessas descobertas, é o espaço onde o fazer tecnológico deve por excelência gerar novas expectativas e proporcionar cada vez mais a investigação e a necessidade de renovação do saber. Nesse processo os atores que configuram esse espaço de iniciativas devem trilhar caminhos que levem a integração dos espaços pedagógicos como forma de desenvolver plenamente técnicas que venham culminar com a utilização das mídias como alternativa de aproximar os educandos da realidade que os assiste.

As mídias proporcionam no ambiente escolar o interesse pelo fazer de uma forma nova e interessante, pois apresentam um legue de prerrogativas que fornecem ao professor um campo vasto e rico de metodologias que podem desenvolver conteúdos programáticos buscando a realidade do aluno e o mais cativante ainda é a participação excessiva dos alunos em trabalhar assuntos que muitas das vezes tinham um grau muito grande de dificuldades e tornam-se mais compreensivos.

Quando há a aproximação dos conteúdos programáticos com a realidade do aluno ou quando este sabe o que fazer com tanto conteúdo ou ainda quando este se torna um investigador e transformador de sua própria realidade, certamente os resultados desses processos para a sociedade é mais evidente de uma forma positiva do que tornar este aluno um mero consumidor de tecnologias.

Tendo em vista os avanços tecnológicos, a escola não pode deixar, em hipótese alguma, de proporcionar ao educando os caminhos que o levarão a construção de um conhecimento consolidado com o cotidiano da atualidade. Caso contrário o ambiente escolar estaria transformando esse aluno em um excluído digital e se tornando um espaço pouco atrativo e alheio às transformações da modernidade.

A informática significa um mundo novo, cheio de descobertas e de conhecimentos, é um leque de informações e atualizações que faz com que lugares distantes e de realidades distintas se aproximem em uma velocidade imediata, daí a sua importância na troca de informações e também apresenta um magnetismo muito grande que nos atrai por sempre apresentar algo de novo.

A educação hoje deve impreterivelmente estar envolvida nesse contexto informacional e captar cada vez mais as mudanças ocorridas no cotidiano da sociedade atual para que não se torne desatualizada e consiga envolver o aluno nessa gama de descobertas e, mais ainda, que ele aprenda a utilizar cada vez mais as tecnologias para o seu desenvolvimento como cidadão.

A informática na educação deve ser utilizada como recurso metodológico para fins de pesquisas, atualizações, publicações de trabalhos e fomentar o ideal de aprimoramento das atividades, dessa forma nossos alunos se aperfeiçoam e interagem com o mundo a sua volta.

O uso da informática na educação é atualmente um elemento primordial para que o conhecimento seja construído de forma dinâmica, para que consigamos acompanhar a instantaneidade dos acontecimentos que envolvem a realidade social. Todos os recursos em programas educacionais devem ser utilizados como metodologia para aproximar cada vez mais o aluno desse mundo virtual.

Não podemos nos tornar alheios a essa realidade virtual, a cada dia devemos sugar as informações e usá-las na construção do bem-estar da sociedade sem retaliações de classes sociais ou de acesso a esse meio informacional. A informática na educação deve chegar para todos, para que realmente faça parte do processo de ensino e aprendizagem e construa o aluno cidadão.

Como experiência da aplicação de uma mídia na educação podemos destacar o rádio na escola, através desse mecanismo os alunos desenvolvem pesquisas e entrevistas com base no que foi desenvolvido em sala de aula. Os alunos vão buscar “in locu” respostas para os questionamentos levantados durante a aula.

Esse projeto é desenvolvido pela SEDUC -Secretaria de Educação do estado do Pará, e é observado como os alunos se articulam em grupo e interagem com a comunidade afim de buscar respostas para suas dúvidas e por muitas vezes através da comunicação oral desenvolvem também seu pensamento lógico e questionador. É montada uma rádio dentro da escola com a finalidade de interagir com todos os espaços pedagógicos no ambiente escolar. Os resultados são evidentes quanto o rendimento do aluno e seu interesse de freqüentar cada vez mais a escola.


Texto Micheline Banhos

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NTE BELÉM II e Escola Felipe Smaldone: curso de Introdução à Educação Digital

No último dia 14 teve início o curso de Introdução à Educação Digital na escola Felipe Smaldone, este curso está sendo ministrado em parceria com a professora Yolanda, responsável pela sala de informática e a coordenadora deste núcleo Micheline Banhos. A finalidade desta formação é promover a inclusão digital das professoras da escola, fomentando o uso das TIC como recursos pedagógicos voltados para a educação especial.
Estão sendo trabalhados planos de aula envolvendo os aplicativos do sistema operacional BotoSetCabano no intuíto de discutir práticas metodológicas que possam ser desenvolvidas com os alunos com deficiência, na oportunidade as professoras estão enriquecendo seus conhecimentos e renovando sua metodologia buscando, também mais tarde, promover a inclusão digital de seus alunos.

fotos do curso









segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A importância do objeto de aprendizagem como prática de um conteúdo


Tendo em vista que a aprendizagem ocorre a partir da construção de conceitos e mediante esses a formulação de uma leitura de mundo proporcionando a inclusão social e cultural do indivíduo (FREIRE, 2006), torna-se de suma importância a utilização dos objetos de aprendizagem para que o aluno tenha contato com conceitos e novas metodologias de aprendizagem que estimulem o raciocínio e a lógica, permitindo que ele (o aluno) transfira essa aprendizagem para seu cotidiano em sociedade.

Temos hoje um perfil de aluno que, a priori, não é incentivado ao questionamento, à análise e tão somente à formulação de um pensamento crítico, pois na maioria das vezes é muito mais prático para o professor, assoberbado de tarefas, elaborar uma aula conteudista a ter que planejar uma metodologia em que a construção de conceitos ou até mesmo a prática do pensamento crítico esteja presente, por levar mais tempo de pesquisa e por exigir um domínio maior do conteúdo e até mesmo de outros conteúdos.

Daí a necessidade de trabalhar com objetos de aprendizagem que levem o aluno a pensar e por em prática seu raciocínio, sua razão,caso contrário, para que servirá a educação, se o aluno não puder por em prática tudo que aprendeu na escola.

O objeto de aprendizagem, a Alfabetização pode ser utilizado também em componentes curriculares, como em geografia, história e outras disciplinas que exijam uma interpretação para poder chegar a uma lógica de análise, claro que devido ao nível de aprendizagem isso deve ser trabalhado de forma mais graduada.

No objeto de aprendizagem Fazenda Rived pode ser discutida a questão de espaço, as características do campo e as diferenças de organização desse espaço, as noções de número e quantidade, as letras e a linguagem, além de trabalhar com o aluno as noções de espaço e as possibilidades e estratégias de solucionar problemas.

No Scrapbook podem ser trabalhados conceitos como etnia e raça, podendo o aluno montar um book com os elementos que formam sua raça. Além de trabalhar a arte da pintura e cores.

A utilização dos objetos de aprendizagem deve fazer parte do planejamento de todo professor, por ser mais um recurso que pode ser adaptado à realidade de cada escola, turma e aluno, basta que o professor disponibilize tempo e tenha a curiosidade para pesquisar e atualizar sua prática metodológica. Em geografia, (disciplina de minha formação) é possível atuar utilizando vários objetos de aprendizagem principalmente os que trabalham com a questão da organização do espaço e suas variáveis e pode se atingir qualquer perfil de aluno independentemente de série e grau de entendimento.


Link: Objetos de Aprendizagem



Texto: Micheline Banhos


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Artigo - Rede SACI

Educação Especial: O Apoio do Computador para Alunos em Processo de Desenvolvimento da Leitura e da Escrita

Este artigo procura abordar a importância do computador como recurso pedagógico na educação de crianças com deficiências

Delton Aparecido Felipe, Paula Edicléia França Bacaro e Anair Altoé


Este artigo explicita o uso do computador como recurso pedagógico no processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais no desenvolvimento da leitura e da escrita. Relata atividades que oportunizam aos mesmos uma maior interação com a máquina, visando seu desenvolvimento cognitivo, social e cultural. Faz-se objetivo principal deste trabalho apresentar dados de um projeto de ensino, desenvolvido com alunos da classe especial, em um laboratório de informática de uma escola pública de Maringá no Paraná. O desenvolvimento da leitura e da escrita foi apoiado pelo software “escritor” e páginas da Internet. O resultado encontrado destacou a importância da utilização do computador e da Internet como recurso pedagógico no processo de construção do conhecimento desses alunos.


LEIA MAIS AQUI


Postado por Micheline Banhos

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Para refletir...

Educação em rede

Ebio Monteiro

Formado em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Pós-Graduado em Ciências Sociais e Pós-Graduando em Tecnologias Educacionais

Coluna publicada em 27/09/2010 às 09:07

ACESSIBILIDADE NAS ESCOLAS: UM DIREITO ASSEGURADO

O tema que iremos tratar hoje é a acessibilidade nas escolas. Esse assunto poderia ser abordado de uma forma mais geral, pois a acessibilidade ainda é ignorada nos mais diversos setores de nossa sociedade. Quando andamos pelas ruas das cidades é comum vermos calçadas com degraus e sem rampas nos cruzamentos, carros e motos estacionados nas calçadas impedindo a passagem dos pedestres, além do amontoado de produtos expostos pelas lojas. Mas como esta coluna é sobre educação vamos focar o problema nesse prisma.

A estrutura física das escolas rondonienses, em sua maioria construídas há mais de 20 anos, há muito não comporta a exigência das novas demandas educacionais. As acanhadas acomodações ficaram ultrapassadas frente aos novos recursos didáticos e tecnológicos destinados às escolas e também não atendem aos critérios de acessibilidade exigidos a partir do ano 2000 com a lei 10.098.

O direito de ir e vir assegurado na Constituição Federal já seria o suficiente para exigirmos uma estrutura adequada dos prédios públicos, em especial as escolas, para atender cidadãos portadores de Necessidades Especiais e dificuldades de locomoção. Mas a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 reforça essa necessidade ao assegurar o direito de todas as crianças ao acesso e permanência nas escolas. Finalmente, a lei 10.098 deixa claro que espaços e prédios públicos, entre eles a escola, devem estar adaptados de modo a permitir o acesso de cadeirantes, cegos e pessoas com dificuldade de locomoção.

Para atender a estas exigências as escolas deveriam adequar algumas de suas estruturas, como eliminar as escadas e degraus através da construção de rampas com corrimão nas laterais, alargar portas e passarelas, adaptar banheiros e assentar pisos próprios próximo a obstáculos. Entretanto, a acessibilidade não se restringe a assegurar condições adequadas de locomoção aos portadores de Necessidades Especiais e pessoas com dificuldades para tal. Ela visa também oferecer materiais adequados aos diferentes tipos de deficiências, de forma que possibilite a aprendizagem deles. Entre os vários recursos utilizados para atender estes alunos podemos citar os mais utilizados, como os leitores de textos utilizados em computadores, os textos e livros em braile, as lupas, as regletes, o soroban e a LIBRAS.

Embora os critérios para a acessibilidade pareçam bastante simples, a grande maioria das escolas não possui suas instalações adequadas para receberem alunos que dela necessitam. Tampouco recursos didáticos adequados aos tipos de deficiências existentes. Nem mesmo para as mais comuns como a cegueira e a surdez. Com isso, as escolas encontram grandes dificuldades quando recebem um aluno que necessita da acessibilidade fazendo com que este tenha um baixo rendimento na aprendizagem dos conteúdos ou até mesmo levando-o a desistir dos estudos.

Desta forma, aguardando receber um aluno com deficiência para depois ir atrás de realizar as adaptações físicas e didáticas, a escola toma uma postura de exclusão, negando os direitos assegurados em lei e tirando a oportunidade de o aluno aprender e incluir-se de fato na sociedade.