Estudo mostra que geração digital não sabe pesquisar
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Toda a equipe de professores e técnicos educacionais da classe hospitalar do Pará estão empenhados para que esse evento ocorra em Belém, pois a história da classe hospitalar do estado tem muito o que apresentar e dialogar com as demais regiões, em virtude de que o trabalho desenvolvido aqui é sinônimo disciplina, atividades didático-pedagógicas e uma formação constantes de todos os envolvidos nesse processo de atendimento escolar, hospitalar e domiciliar e nossos profissionais estão arregaçando as mangas para mostrar nesse evento, assim como já foi mostrado em outros, que o Pará em nada deixa a desejar nesse sentido.
CONSTRUINDO HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NA CLASSE HOSPITALAR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JOÃO DE BARROS BARRETO- HUJBB-BELÉM/PA
AUTORA:
BANHOS, Micheline de Oliveira – SEDUC/PA
CO-AUTORAS:
TAVERNARD, Edimeire Pastori de Magalhães – SEDUC/PA
ABE, Marta Santiago – SEDUC/PA
BARBOSA, Miriam Cristina Melo – SEDUC/PA
Resumo
O presente trabalho dispõe a respeito das atividades pedagógicas desenvolvidas na classe hospitalar, do Hospital Universitário João de Barros Barreto, Belém/Pará. A referida classe atende pacientes internados, provenientes, em sua maioria, do interior do estado, acometidos, em grande parte, de doenças infectocontagiosas. As atividades educacionais foram realizadas pela equipe de educadores da Secretaria de Estado de Educação. O relato representa o trabalho de elaboração de histórias em quadrinhos pelos alunos/pacientes tendo como temática o Dia da Árvore. Para o desenvolvimento das atividades foram realizadas rodas de conversas, oficinas, produção de textos, produção de figuras, manuseio de netbooks, acesso à internet, utilizando-se como referência o local de origem dessas crianças. Os resultados mostraram que o conteúdo trabalhado foi bem assimilado pelas crianças e adolescentes e serviu de estímulo para a criação de outras histórias. Da mesma forma, a realização das atividades de forma coletiva proporcionou um melhor entendimento do conteúdo trabalhado, contribuiu para estreitar os laços de amizade, beneficiou a socialização de vivências, despertou a imaginação das crianças e as incentivou a escrever as histórias em quadrinhos.
OBJETIVOS
O objetivo principal do mesmo foi desenvolver os conteúdos curriculares do mês de setembro do ano corrente por meio da criação de histórias em quadrinhos pelos alunos pacientes do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB).
De maneira específica buscou-se:
- Desenvolver nos alunos internados a habilidade de interpretação de temas.
- Estimular à escrita e o domínio da linguagem.
- Proporcionar a pesquisa na internet sobre o tema exposto e discutido em sala de aula ou no leito.
- Confeccionar histórias em quadrinhos sobre a temática discutida, usando o seu imaginário.
- Expor as histórias em quadrinhos em formato de gibis para toda a classe hospitalar.
Um projeto inovador, criado em parceria por profissionais da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Santa Casa foi o vencedor do Prêmio de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade da Região Norte da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na categoria Profissionais e Estudantes de Ensino Superior, entregue no último final de semana no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania.
Trata-se de um programa de computador que está sendo usado como ferramenta educativa e terapêutica para o atendimento de pacientes escalpelados na Santa Casa. O software “Navega Feliz” traz opções de jogo da memória, criação de histórias em quadrinhos e pinturas, usando personagens e paisagens bem regionais como a população ribeirinha em embarcações, rios e florestas. Entre as personagens, uma bonequinha usando touca, bem característica das meninas escalpeladas, chama bastante a atenção e funciona como alerta para o acidente que ainda é frequente nos rios da Amazonia.
O projeto Navega Feliz começou a ser desenvolvido em 2008, com o financiamento da Fapespa e tinha a intenção de desenvolver um software educativo. Hoje ele integra o Programa de Direitos Humanos e Aprendizado em Rede: Construção e Ativação de Redes para Formação em Direitos Humanos que tem financiamento do Governo Federal.
De acordo com Débora Ferreira, gerente de ensino da Santa Casa, o programa é um instrumento interativo, que estimula a socialização e o bem estar das crianças internadas. “Ele está totalmente formatado e pode ser usado não só com os pacientes escalpelados, mas por toda a classe hospitalar”, afirma a gerente. Já a fonoaudióloga Déborah Costa encontrou uma utilização terapêutica para o software. “Ele me ofereceu um leque de oportunidades, dá pra trabalhar vários aspectos, como a linguagem e a oralidade de uma forma lúdica”, ressaltou.
Além dos recursos já existentes, o Navega Feliz ainda vai comportar um módulo de prevenção ao acidente de escalpelamento e recursos mais adequados ao público adulto, informou a tecnóloga em processamento de dados Larissa Sato, uma das idealizadoras do software. “Vamos incluir mais este recurso e pretendemos também oferecer outros formatos de jogos e atividades que contemplem também as necessidades das pacientes adultas, já que o conteúdo atual é mais voltado para o público infantil.”, disse Larissa. O software é livre e pode ser acessado por qualquer pessoa no endereço: www.ebi.com.br/navegaFeliz.
Ascom Fundação Santa Casa
por Paulo Henrique Gadelha /Setembro 2011 |