quarta-feira, 25 de maio de 2011

A educação inclusiva e a importância dos recursos didáticos-pedagógicos

A inclusão através da Educação Especial e do Atendimento Educacional Especializado só ocorrerá de fato se a escola estiver apta a receber os educandos com deficiência com uma reestruturação física, profissional e mudando paradigmas impostos pela sociedade.

O professor da sala de recursos multifuncionais deve estar em consonância com o professor da sala de aula comum, para que o aluno com deficiência possa aproveitar ao máximo os recursos didáticos-pedagógicos utilizados, o que deve resultar no seu desenvolvimento cognitivo e social.

No caso da deficiência visual e suas especificidades como a cegueira legal, a escola deve fornecer ao professor os meios mais simples e adequados para se chegar a uma diagnose e que possa ocorrer um trabalho conjunto com outros professores para a elaboração de atividades com esses alunos como: trabalhar a audição e a fala através de software educativos.

A deficiência auditiva é o termo usado para as pessoas com perda total ou parcial da audição, neste caso deve ser desenvolvida a habilidade sensorial do aluno tentando estabelecer a comunicação com esse aluno, um dos recursos que pode ser utilizado é Libras.

A pessoa surdocega necessita de um atendimento educacional especializado que possa atender as suas especificidades garantindo a potencialidade nas atividades desenvolvidas por elas, para tanto é preciso uma diagnose completa para identificar os níveis de desenvolvimento intelectual, físico e social em que se encontra essa pessoa.

As primeiras possibilidades de intervenção no processo educacional que levem a grandes conquistas neste setor para as pessoas surdocegas é considerar que todo ser humano é constituído de uma história e de condições sociais, por tanto se há possibilidades de ascensão a essas pessoas estão as barreiras devem ser ultrapassadas. O que deve ser garantido as pessoas surdocegas é o acesso às oportunidades igualmente para qualquer outra pessoa, somente desta forma poderá ocorrer a inclusão social.

Para que os alunos surdocegos possam ter acesso à educação inclusiva é necessário levantar alguns pontos como, a formação continuada do profissional que irá desenvolver atividades com esses alunos, portanto ele deve estar apto para planejar e executar atividades que favoreçam os aspectos sensoriais e perceptivos, orientar a locomoção entre outros.

Manter uma comunicação com alunos com deficiência é o primeiro passo para que se estabeleça um começo para a realização das atividades didático-pedagógicas adequadas para o desenvolvimento cognitivo e social desses alunos.

Em relação aos educandos com múltiplas deficiências, um dos grandes desafios da escola é mediar o conhecimento, pois são necessários recursos e metodologias específicas que permitem acesso ao que é trabalhado em sala de aula.

As múltiplas deficiências caracterizam-se pela associação de duas ou mais deficiências, seja de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social( MEC, 2004, p.11). Relacionado a isso está o sujeito como ser histórico, com uma identidade e com uma realidade vivenciada de forma peculiar. O professor deve estar atento a esses fatores para poder fazer uma leitura aproximando-se da melhor forma das habilidades desse educando. Outro ponto a se destacar é a participação da família desse educando para garantir um atendimento integrado auxiliando no seu desenvolvimento.

Podemos destacar alguns recursos como software, adaptadores para lápis/caneta, cadernos com pautas maiores, etc. Todos esses recursos devem levar em conta as peculiaridades e as potencialidades de cada educando com deficiência.

Quanto à deficiência física podemos caracterizá-la como alterações que podem comprometer a função física do educando . Conforme Kirk (2000), a condição de deficiência afeta o bem-estar do aluno, desta forma a Educação Especial a partir do AEE pode promover o desenvolvimento tanto físico quanto cognitivo desse educando. Junto a isso estão as adaptações de mobilha e parte física como rampas e barras de mão nas paredes facilitando a acessibilidade por toda a escola, não limitando o aluno com deficiência física a alguns espaços pedagógicos. .

O trabalho realizado nas salas de recursos tem mostrado um grande desenvolvimento de atividades que envolvem cada vez mais os educandos com deficiência com os demais alunos da escola, pois afirma e dá condições para que o aluno com deficiência possa participar também da construção do conhecimento.

Texto: Micheline Banhos

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